A Queima das Fitas do Porto reciclou 41 toneladas de resíduos produzidos durante a semana académica que decorreu entre os dias 3 e 10 de maio. A iniciativa “Não dês barraca. Recicla!”, uma parceria entre a Federação Académica do Porto (FAP), a Porto Ambiente e a Lipor, resultou na taxa de reciclagem mais elevada de sempre: 85% dos resíduos reciclados do Queimódromo do Porto, e 88% do Cortejo Académico.

“Cada barraquinha foi convidada a separar os resíduos, através da utilização de contentores, e desta forma conseguimos envolver os estudantes da Academia num esforço de reduzir a pegada carbónica no recinto da Queima das Fitas do Porto”, explica Francisco Porto Fernandes, presidente da FAP.

Ao longo de oito dias, 47 operacionais da Porto Ambiente e 14 estudantes voluntários da Comissão Ambiental da Academia do Porto asseguraram a correta gestão de resíduos, a limpeza do espaço e ações de sensibilização junto do público. “Esta parceria é um excelente exemplo de como o envolvimento da comunidade pode produzir excelentes resultados e fazer a diferença. O compromisso dos estudantes e a forma como trabalharam com as nossas equipas foi inexcedível. Esperamos que, nos próximos anos, a Queima das Fitas do Porto continue a liderar pelo exemplo, contribuindo para uma cidade mais sustentável”, referiu Filipe Araújo, presidente do Conselho de Administração da Porto Ambiente.

Durante o Cortejo Académico da Queima das Fitas do Porto foram recuperadas 12 toneladas de madeira. No Queimódromo do Porto, das 41 toneladas recicladas, 20 toneladas foram exclusivamente de vidro. Foram ainda recolhidos 240 kg de óleos alimentares usados, evitando a contaminação de solos e águas; compostados 200 kg de resíduos orgânicos, que deram origem a adubo natural com aplicação agrícola; e tratados e reutilizados 100 kg de cápsulas de café.

A redução do desperdício alimentar foi outra meta cumprida. “Durante a edição de 2025 foram doadas 338 refeições, o que evitou o desperdício de 169 kg de resíduos alimentares e impediu a emissão de aproximadamente 710 kg de CO₂ para a atmosfera”, realça Francisco Porto Fernandes.

As medidas aplicadas integram o Pacto da Queima das Fitas do Porto para o Clima, alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Queima das Fitas do Porto, com enfoque na gestão responsável de resíduos, na recolha de óleos alimentares e compostagem de resíduos orgânicos e na redução do desperdício alimentar através de doações a instituições parceiras.

“Mais uma vez, a Queima das Fitas do Porto dá provas que é possível conciliar a tradição académica com uma gestão ambiental responsável e comprometida com o futuro”, conclui Francisco Porto Fernandes, afirmando que o combate às alterações climáticas será um trabalho contínuo nas próximas edições.