
36.º Aniversário da FAP
A Federação Académica do Porto assinalou, ontem, terça-feira, 8 de julho, o seu 36.º aniversário, no Pátio das Nações do Palácio da Bolsa – o mesmo local onde a FAP foi fundada em 1989. O evento contou com a presença do Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco, representantes das 26 associações de estudantes federadas, ex-dirigentes, parceiros, órgãos de gestão das diversas Instituições de Ensino Superior e ilustres convidados.
Durante a cerimónia, foi assinado um protocolo com a Universidade do Porto, o Politécnico do Porto e a Universidade Católica que visa a atribuição das 24 camas da nova residência “Academia 24”, no Marquês, aos estudantes bolseiros. Com a nova residência, a partir de setembro, a FAP terá um total de 64 camas para os estudantes bolseiros do Porto: 40 na Residência Academia 24 da Bainharia, no centro histórico do Porto; e 24 camas na nova residência, Academia 24 do Marquês – ambas geridas pela FAP.
"Num contexto em que muitos jovens enfrentam dificuldades em aceder e frequentar o ensino superior, a FAP tem a obrigação de garantir que nenhum estudante fica para trás por razões económicas ou sociais", afirma o presidente da FAP, Francisco Porto Fernandes, que, acrescenta: "A FAP quer ser parte ativa da solução e usar os recursos que tem para promover a igualdade de oportunidades no acesso e frequência ao Ensino Superior."
Por este motivo, foi aprovado, por unanimidade, em Assembleia Geral que 15% do resultado líquido da FAP passa a ser, obrigatoriamente, para o financiamento de atividades de cariz social. Os novos estatutos refletem um reforço do compromisso da FAP com a inclusão e a igualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior.
“Até aqui, a FAP destinava verbas significativas a projetos sociais por vontade das respetivas direções eleitas, mas a alteração agora introduzida assegura a obrigatoriedade dessa prioridade, independentemente das mudanças de liderança. Além da cláusula financeira, passou a constar nos estatutos da FAP a promoção da igualdade de oportunidades como um dos principais objetivos da Federação Académica do Porto”, esclarece Francisco Porto Fernandes.
Recorde-se que a principal fonte de receita da FAP provém da organização da Queima das Fitas do Porto, um dos maiores eventos académicos do país. Parte da receita gerada passará agora, de forma obrigatória, a ser canalizada para iniciativas com impacto social. "Ao reservarmos 15% do resultado líquido anual para atividades de cariz social, estamos a garantir que o sucesso da FAP beneficia diretamente as crianças e jovens que mais precisam", explica Francisco Porto Fernandes.
Este reforço do papel social da FAP foi ontem formalizado com o pedido do estatuto de entidade de utilidade pública ao Governo, após a emissão do parecer positivo por parte do Município do Porto. A obtenção deste estatuto, atribuído a organizações sem fins lucrativos com intervenção de interesse público social, permite reforçar a credibilidade institucional da Federação Académica do Porto junto da comunidade académica e da região e vai formalizar o serviço público que tem feito ao longo das últimas três décadas.
A cerimónia ficou também marcada pela entrega do galardão Diogo Vasconcelos, que vai na sua 5.ª edição. Este ano, a distinção foi atribuída ao Instituto Profissional do Terço, instituição de solidariedade social na cidade do Porto que tem como missão segurar um futuro digno a crianças e jovens, independentemente da sua condição social, económica ou religiosa.